Embora a energia geotérmica seja considerada por muitos como o futuro do sector energético, a desinformação existente sobre esta energia renovável afectou a sua imagem pública. Poluente, insustentável, caro? Estas crenças erróneas não resistem a um estudo sério do funcionamento e das possibilidades desta fonte de energia. O facto de os Serviços geotérmicos (Geotermia) Porto e de outros concelhos receberem uma procura crescente já antecipa o valor desta solução ‘verde’ no mercado atual.
Em primeiro lugar, as centrais geotérmicas são essencialmente um sistema monumental de troca de calor. Aproveitam as altas temperaturas da crosta terrestre para gerar eletricidade e água quente sanitária, em quantidades suficientes para abastecer tudo, desde casas unifamiliares a fábricas inteiras.
Infelizmente, esta solução energética pode esgotar as águas subterrâneas. Pelo menos, na opinião de determinadas informações que proliferam em meios de comunicação e sites com pouca credibilidade. A realidade é diferente porque as centrais geotérmicas não exploram aquíferos e outras águas subterrâneas, como as utilizadas por animais, plantas e humanos. A perfuração geotérmica pode ultrapassar os cem metros de profundidade, o suficiente para não afetar os recursos naturais da Terra.
No entanto, a energia geotérmica tem uma merecida reputação de ser cara e inacessível ao consumidor médio, certo? Mais uma vez, o elevado custo de manutenção atribuído a esta tecnologia não está totalmente correto. A instalação e a colocação em serviço deste sistema requerem um investimento significativo, mas o restante é acessível.
A energia geotérmica é contrária à defesa e ao cuidado do ambiente? De todos os mitos, este é o que tem menos credibilidade. Porque as fábricas dedicadas à exploração deste recurso emitem vapor e não dióxido de carbono.
Além disso, as instalações geotérmicas não requerem grandes áreas de terreno, pelo que a sua contribuição para a desflorestação e outros problemas ambientais é nula. Como também minimizam a dependência do fornecimento de eletricidade, a opção pela energia geotérmica reduz a pegada de carbono.